Eu sabia tudo. Aliás, eu sei tudo.
Tenho perfeita noção de quais foram os momentos em que este amor foi comum. Sei-os de cor! E podia deitar-me aqui, até morrer, a revive-los, se é que tal acção é possível.
Mas talvez por ainda te amar, ou mesmo por razão nenhuma, não o faço. Continuo falsamente calma, só a sentir esta dor de respirar-te.
A parte de mim que amava uma imagem perfeita de ti morreu, e é apenas isso que eu choro. Não a tua falta, mas a saudade de te amar... A certeza de que momentos como alguns dos que guardo não voltarão a acontecer, porque essa parte de mim já não existe.
As dúvidas e o medo já não têm unhas cravadas no meu peito. Na verdade, no peito já não tenho nada...

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