Às vezes penso, muito raramente mas penso. Penso e tento racionalizar as coisas que me vêm à cabeça. Faço um esforço por trazer à mente os pensamentos dolorosos, mas não só. Trago também os estúpidos, os díficeis de lembrar, os felizes, os que não entendo, os que odeio, os que mais gosto, os mas, os que me fazem chorar, etc...
E tento olhar para eles de maneira objectiva, sem dar opinião, sem dar solução, tento apenas vê-los.
No fundo, no fundo sei bem a razão pela qual tento racionalizar tudo à minha volta. É uma espécie de medo. Medo de cair, medo de acreditar, medo de mentiras, medo de maldades, medo de mim...
Faço isto talvez para me proteger da inocência que ainda permaneçe em mim, do olhar bondoso de criança com que ainda vejo o mundo, mas de todas as vezes que racionalizo algum pensamento ou sensação a conclusão é sempre a mesma: afinal a inocência é que me protege a mim! É desconheçer as verdadeiras razões que me faz mais feliz, por isso sempre que racionalizo caiu num abismo escuro e infinito de mentiras, maldades e traições ao qual não quero pertençer nunca!
E é por isso que me orgulho de dizer que sou criança, que não penso duas vezes, que faço com o coração e não com a cabeça e garanto que tiro o maior prazer de tudo o que faço!
Sou tão feliz assim, no meu mundo à parte, não destruam isso. Pelo menos não por inveja.

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