Não compreendo porque razão te anulas tanto. Mudas tão drasticamente, ficas rígido, frio... Tu simplesmente fechas os olhos e desacreditas a tua capacidade de amar. Fazes por não sentir, foges de quem és... E eu fico assim, tão quieta, a olhar-te como se acreditasse que podia mudar-te.
E relembro os fragmentos de memórias passadas nas quais ainda és humano, nas quais não passamos de mais dois...
Tento obrigar-te a encarar-me, quero falar-te ao ouvido, mas tu não ouves... Não queres ouvir...
Agora também não quero sentir, não posso ver e não vou ouvir. Perdi a capacidade de pensar durante as tentativas de te fazer feliz. Agora sou só eu, vazia, tão quieta, a olhar-te como se acreditasse que podias mudar-me!
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